Ocasião,
ao lembrar Carlos Reverbel, parafraseando outrem – que respondia
algum questionamento embaraçoso, como por exemplo:
-
Por que o Sr. não…..?
A
resposta:
-
Por falta de ocasião!
Circunstâncias
surgem da (re)leitura do Compêndio de Introdução à Ciência do
Direito, de Maria Helena Diniz, edição 2003, trecho inicial, antes
da centésima página, sobre conduta do ser humano, trabalhando os
conceitos de um autor mexicano do início do século XX.
Releitura
não seria propriamente, porque o livro foi utilizado na disciplina
de Introdução ao Estudo do Direito, não por recomendação
expressa da professora, mas como subsídio para provas e trabalhos,
tendo em vista que em geral, não anotava quase nada dos conteúdos
ministrados.
Um
pouco por cansaço, outro pouco por desleixo, e pela questão física
de ocupar a última cadeira de uma sala com 85 alunos…
O
fundo da sala é uma selva, discussões aguerridas sobre a série C
do Campeonato Brasileiro, coisas de suma importância para a formação
acadêmica…
Uma hora
vou escrever mais sobre a faculdade, ou não…
Pois
bem, no devaneio dominical, “deu certo”, combinamos um passeio,
saímos com pouco compromisso, sem (mas com) rumo, factível de
retorno em um final de semana…
A
fronteira Oeste sempre me convida!
E
temos essa questão!
Que
joga um rio de água fria, gelada, em qualquer plano.
Sobra
imaginação, para quem dispõe dela, falta consecução.
A
quem desafia o cotidiano, fica a probabilidade real, o aleatório.
Para
quem desafiou, restou curar-se ou perecer.
Sobre
leituras, lembro charge de Tom Gauld. Retrata uma estante, a cor das
lombadas dos livros com legenda, separada por cores: livros que li,
que não li, a ler, que fingi ter lido, e assim por diante…
Sobre
o Compêndio, ele ficou “para trás” quando observei que a
apostila da profe era baseada em um livro dos anos 70, do tempo em
que o pai cursou Direito e manteve sob custódia em casa: Bingo!
Agora,
a leitura é maçante, mas insisto.
Ninguém
falou que seria fácil.
Levei
um mês para ‘matar’ um livro de Processo Civil de 500 páginas.
Nesse ritmo…
Às
vezes, fico 3 dias sem abrir um livro.
Tecnologia
tem me enfarado, ontem que rebusquei uns sites e, lendo artigo do El
País sobre o disco de Metal mais vendido da história, a tragédia e
a sequência da banda, ouvi todo o Back in Black do AC/DC.
Desculpe,
tive muito tempo ouvindo música dita nativista e regional.
Escrevendo
isso, retomei quase todos os vídeos do Chango Spasiuk, fazia tempos
que não ouvia ele, até repassei os álbuns para um pen drive, hora
dessas toca, se não houver erro de leitura e uma gloriosa mensagem
“no device” aparecer no player.
Ao
escrever, refiro que essa madrugada caiu o resto do galpão que havia
nos fundos da casa que foi da Vó (a casa foi vendida). Estrondo
forte, um tiro, prefiro não estender o tema.
Sobre
negações, conceitos e definições, interessante o áudio extraído
de um vídeo do Major Olímpio (está no ‘kinder ovo’ do Foro de
Teresina 110), citando uma ‘pá’ de termos maçônicos.
Qual
a parte da sociedade secreta que essa turma não entendeu?
Fiquei
como o título de um disco do Mário Rubens Batanolli (Mano) Lima,
“Um Homem Fora de Seu Tempo”.
E
lembro que além da existência de grupos de “zap”, o que coloca
em dúvida a “secretitude” (sic!, muito sic!, sic mesmo, tá?)
dessa organização lendária e secular. Lembro até que o mesmo
“Mano” teve fotos de sua iniciação divulgadas na rede.
Citando
a Revista Piauí, li um artigaço na edição 164, tendo por título
‘Os Subterrâneos’. Uma verdadeira viagem, para quem está, como
disse ao Sr. Darci Leopoldo Uhry essa semana que passou, na “peceva”.
De
fungos, a micorrizas, conexões intra arbóreas, a Floresta de
Epping, na Inglaterra, território de caça de um Rei no século XII.
Graças ao Dr. Google, temos condições de ir até lá, “dar uma
espiada, uma abaixadinha” (Opa!, isso é uma letra do Tchan
Tchaaann!!).
Da
floresta, o autor vai a Chernobyl, ao maior fungo do planeta,
com 4 km de largura, no Oregon, se não me engano, à uma ilha no
Canal do Panamá, experiências científicas, borbulhas de seiva
auscultadas com estetoscópio, experimentos envolvendo abelhas e
cidra feita com frutos da famosa macieira de Sir Isaac
Newton.
Muito
bem, levando a leitura à associação de como alguém provido de
muita criatividade assimilaria tal reportagem… E como repassaria a
outros interlocutores, naquele ditado do Rillo de quem “conta um
conto, acrescenta um ponto.”
Pois
sobre destinos, numa saída rápida, sem parada, mantendo os limites
de velocidade impostos pela legislação e sinalização de trânsito,
estive após 2 anos em Tucunduva. Mauá está fechado e,
naturalmente, os outros portos deviam estar abarrotados no final de
tarde de sábado ensolarado à beira do Rio Uruguai. Tuparendi
não entrei, estava na hora do lusco-fusco, melhor guardar a última
imagem, do cumprimento mui cordial de uma moça, não sei se por
susto ou troça, quando estive por lá, de bicicleta, no início do
ano.
Destino
porque a tragédia encampa esse escrevente, com pitadas de
melancolia. Em Tucunduva pereceu tragicamente o Legenda, como o
Maurício Hermann se refere ao Roque Moos.
“Não
fale mal do cavalo”, conforme o Maurício, era o mantra que
utilizava para se referir à motocicleta. É ela que colocou o
ciclista em alguma enrascada, ela vai tirá-lo. Não no caso do
Legenda, infelizmente.
Mas
o Mauricião citou o ditado como dica para não nos queixarmos do
serviço. Sábia dica!
Tudo
passa, tudo passará!
Chega
mais, Dom Mario: eles passarão, eu passarinho!
E
vem, como em outro texto, Yalom.
Deveria
gravar os insights, para depois verter ao papel, mas tenho a
certeza que causaria espécie, falando de coisas aleatórias, ficaria
um caso curioso, e de curioso basta O Curioso Caso de Benjamin
Button. Aqui foi mais um parágrafo para a pausa da piadinha super,
super engraçada.
Bueno,
como amanheci ‘universitário’, Yalom me foi apresentado – e
aos outros 84 colegas matriculados na mesma sala; que tinha audiência
máxima nos períodos em que as ausências chegavam próximas a 25 %,
tendo em vista a frequência de 75 % a ser observada contratualmente
pelo aluno - por um professor de Teoria Geral do Processo. Lembro que
exercia a magistratura em Santa Rosa e tinha São Jerônimo como
cidade natal.
Esse
professor, em ímpeto de indignação, certa noite teceu comentário
sobre “poder”, em sentido amplo:
-
“É como um grande tonel, cheio de excremento...”
Ele
não falou o termo excremento, estou normalizando e respeitando a(o)
minha(eu) leitora(o).
Outra
feita, teceu ilação sobre ‘faz de conta’:
- Eu
faço de conta que dou aula;
-
Vocês fazem de conta que prestam atenção;
-
A Administração faz de conta que está tudo bem.
Na
apresentação do escritor em comento, tinha sido lançada a obra
“Quando
Nietzsche Chorou”, e o professor relatou que não se termina um
livro de Yalom da mesma forma como se começou…
Agradeço
parapsicologicamente ao maestro, mesmo tendo sido omisso aos
conteúdos afeitos à disciplina. Essa parte eu tirei proveito,
chegando a memorizar um trecho que diz: “as coisas que você
fez o colocaram nisso; as que fizer, poderão tirá-lo disso”.
E
voltamos à teoria do Legenda.
Deve
ser conhecimento universal, tradição, não pode ser coincidência.
Ou talvez circunstância.
Creio
que não, não tem lógica.
Lógica
que, como brinca o professor Ítalo Romano Eduardo, é como procurar
um chapéu preto, num quarto desprovido de iluminação, sabendo que
o mesmo não está lá.
Ausência
de lógica foi o presente texto, agradecendo a audiência e a
paciência, como diria o grande filósofo Fausto Silva, pelo tempo
dispendido em sua leitura, e que talvez tenha sido de valia para,
pelo menos, preencher as horas de um domingo, ou de outro dia
qualquer, nesse inverno pandêmico ou em vindouras épocas. Avante!
P.S.:
Inconscientemente, o fecho ficou analogamente parecendo com o
presente na obra “Você não merece ser feliz, como conseguir mesmo
assim”, do Craque Daniel. Lamento. E ‘até’!