(...) as palavras parecem esperar a morte e o esquecimento; permanecem soterradas, petrificadas, em estado latente, para depois, em isenta combustão, acenderem em nós o desejo de contar passagens que o tempo dissipou. E o tempo, que nos faz esquecer, também é cúmplice delas. Só o tempo transforma nossos sentimentos em palavras mais verdadeiras, (…)
Cedo ou tarde, o tempo e o acaso acabam por alcançar a todos.
(…) a vingança é mais patética que o perdão.
Alguns dos nossos desejos só se cumprem no outro, os pesadelos pertencem a nós mesmos.
Fonte: Hatoum, Milton. Dois irmãos. São Paulo: EDITORA SCHWARCZ LTDA/Companhia das Letras, 2000, epub.
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