Repontando a memória,
duas tiradas do colega de “chão de fábrica” na Indústria de Pelegos Índio
Guarani, em Guarani das Missões (RS), pelos idos de 2000.
Sadi
e o Padre
Iniciando as inscrições
para “Curso” de Noivado, está lá o Sadi com sua futura esposa, tranquilo na sua
morenice em meio a “polacada”, sempre de sorriso franco, para usar o ‘lugar
comum’ das nossas expressões idiomáticas...
Padre novo na Paróquia,
se desdobrando com os sobrenomes do pessoal...
Woichechóswki,
Andrejévski, Warpechóski e daí pra diante... Assim... Foneticamente falando ou
melhor, escrevendo; não me peçam pra escrever corretamente. Até desafiei uma
colega do serviço se ela conseguia escrever corretamente um sobrenome de
família oriunda dessa cidade. Confiante ela topou, mas o melhor foi ver a confiança
com que escreveu o nome com as consoantes todas invertidas, faltando “y”; “k” e
“w” fora de ordem, mas isso já é outro “cuento”...
Voltamos ao nosso personagem,
e ao Padre, que à essa altura, escrevia sofridamente no caderninho o nome dos
futuros noivos, pedindo sempre que soletrassem o sobrenome.
Diante a pergunta do
nome e sobrenome, o Sadi não “se sofreu”:
- Pois faça o favor,
padre, anote aí meu Sobrenome:
- S – A – N – T – O –
S. Sadi Santos.
Pra quê!...
O Sadi teve que virar pro lado e conter a
gargalhada ao ver o Padre se transfigurar pra um misto de cansaço e surpresa
diante a tirada do grande Sadi!
Sadi
e o Partido dos Trabalhadores
Contavam que o pessoal
da indústria, afiliados ao Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e seus
familiares apoiaram a eleição do colega Paulo Lisyk à Câmara Municipal. O Paulo
seguiu na política, trabalhando no curtume, sincronizado com uma das máquinas “brilhadeiras”,
dando acabamento às peles, e também popularizando a produção da bebida típica “Mentufka”.
Mas vai que um belo dia
o Fortunatti se desfilia do PT e resolve ingressar no PDT. Quem seguia o
Fortunatti, também seguiu esse rumo, mas aí o Edil tinha a missão árdua de convencer
sua base eleitoral à acompanhá-lo em tal mudança de sigla partidária. Mais, que
continuasse fiel e garantindo votos para a próxima eleição, que já não estava
muito distante.
O Paulo chega pro Sadi,
pra desfiar o “verbo” e convencê-lo:
- Tu vê, Sadi, agora
que o “Fortuna” foi pro partido do “Tio Briza”, nós temos que fazer o mesmo...
O Sadi nem se ressentiu,
lascou sem se alterar, falando manso e calmo:
- Não Paulo... tu me “ensinou”
a ser PT, e eu vou continuar a ser “PT”...
Um cara muito franco e
gente boa o Sadi!
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