Silêncio e solidão. Mas que tumulto
De relembranças minha mente invade!
- Centralizando anseios o teu vulto
Na divina moldura da saudade…
Deus te mandou para trazer-me o indulto
De mágoa e penas. E saber quem há de,
Se, embora tarde, vieste a ser o culto
De um pouco ao menos de felicidade!
Ando no parque e, só, então, me atrevo
Dizer teu nome, como se rezasse,
Nesse instante de sonho e doce enlevo…
Retardo os passos… Entreparo. Quedo.
Como, querida, se contigo andasse
Nos tapetes de sombra do arvoredo!
Fonte: Blau, Zeca. Horas do meu ocaso. Edição Sulina, 1968, p. 96
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