Da janella da casa da visinha
A cortina se agita lentamente;
Ella vai respirar o doce eflluvio
Da brisa, que sussurra brandamente.
Entreabe-se á furto a gelosia…
Como treme em meu seio o coração!…
Talvez procura ver si a espreito agora,
Accêso o olhar no fogo da paixão!
Porém, pobre de mim! O meu espirito
Agora na verdade se illumina!
A ingrata me não ama! - Era somente
O vento que brincava na cortina!
J.J.
Fonte: Cabrião: semanário humorístico editado por Ângelo Agostini, Américo de Campos e Antônio Manoel dos Reis: 1866-1867. Ed. fac-similar/introdução de Délio Freire dos Santos. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado: Arquivo do Estado, 1982, p. 175.
Reprodução fac-similar do original de 51 fascículos, publicado em São Paulo no período de 30 de setembro de 1866 a 29 de setembro de 1867.
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