Nas suas visitas a Pedras Altas, certa vez Capistrano de Abreu ali permaneceu cerca de seis meses, deixando bem assinalada a sua presença, viva até hoje. Tanto assim que a memória do grande historiador ainda humaniza o lugar, quando se indica, aos atuais visitantes, “a sanga do banho do Capistrano”, local onde ele tomava seus banhos.
Ou, então, quando se mostra o recanto onde ele se colocava sua rede nordestina, ali permanecendo como lembrança as antigas argolas de sustentação.
Sendo costume do autor de Capítulos de História Colonial ler até tarde, à luz de vela, certa noite numa parede de madeira da casa de hóspedes que ele ocupava ficou chamuscada. Embora indicasse o sinal de um princípio de incêndio, jamais se permitiu que aquela mancha negra na parede de tábua fosse removida. Seria conservada, com todo carinho, como recordação de Capistrano de Abreu. E ali permanece.
Fonte: Reverbel, Carlos. Assis Brasil (Rio Grande Político) – 2ª ed. Porto Alegre: IEL, 1996, p. 94.
Capa: Márcia Contri
Nenhum comentário:
Postar um comentário