Em 1895, quando foi enviado a Portugal, como Ministro Plenipotenciário junto à corte de Lisboa, para restabelecer a normalidade nas relações entre os dois países, rompidas desde a Revolta da Armada, em 1893, ele adquiriu duas vacas Jersey na Inglaterra, dando início, assim, à sua criação dessa raça bovina, com vistas, ao mesmo tempo, a introduzi-la no Brasil.
Os animais pertenciam ao plantel da Rainha Vitória, não havia melhores no Reino Unido. Mantidas inicialmente em Portugal, as duas excelentes vacas, ambas “vitorianas”, foram levadas para a estância de Ibirapuitã e, posteriormente, para a Granja de Pedras Altas.
Foi assim que se introduziu a raça Jersey no Brasil, sem dúvida um ato de boa política agrícola.
Reportando-se um dia a esse fato, informaria Assis Brasil:
“Outra peculiaridade da raça é a aptidão para dar leite continuamente, mesmo durante o período de nova gestação, ou durante os anos em que a vaca, por qualquer motivo, permanece falhada. Desde que se alimente por outra forma o bezerro, é mesmo preferível desmamá-lo quando ainda muito tenro. A mãe não deixará por isto de dar leite regularmente.
Para não ir buscar longe o exemplo – as duas vaquinhas que serviram de fundamento ao atual plantel de Pedras Altas foram logo separadas das crias e deram rico e abundante leite durante três anos, sem que fossem de novo cobertas.”
Fonte: Reverbel, Carlos. Assis Brasil (Rio Grande Político) – 2ª ed. Porto Alegre: IEL, 1996, p. 81/82.
Capa: Márcia Contri
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