Ninguém a outro ama, senão que ama
O que de si há nele, ou é suposto.
Nada te pese que não te amem. Sentem-te
Quem és, e és estrangeiro.
Cura de ser quem és, amem-te ou nunca.
Firme contigo, sofrerás avaro
De penas.
10-8-1932
Capa: Marcellin Talbot
Fonte: Pessoa, Fernando. Poesia de Ricardo Reis. Coleção a obra-prima de cada autor (250). São Paulo: Editora Martin Claret, 2006, p. 127.
Nenhum comentário:
Postar um comentário