A jovem cantora Roberta Ensslin,
de 19 anos, já é uma colecionadora de bons resultados no cenário nativista do
Estado, capaz de deixar muito gaudério das antigas de cabelo em pé e roxinho de
inveja. Moradora de Vila União, onde nasceu e vive até hoje, no interior de
Candelária (no caminho que vai para Sobradinho), a guria começou sua carreira
oficial de intérprete aos 13 anos, defendendo música na Coxilha Piá, em Cruz
Alta. Mesmo com pouca experiência pelos palcos da vida, não se fez de rogada:
logrou o primeiro lugar e por pouco não arrematou também o segundo.
Antes disso, Roberta, que é filha
única, já “atazanava” o pai, Seu Reni, gaiteiro, ouvindo no radinho de pilha e
fazendo coro nas músicas da dupla sertaneja Leandro e Leonardo, enquanto
passava uma vassoura no pátio. O cabo fazia a vez do microfone quando as cerdas
não eram cordas de uma viola imaginária. “Teve um dia, quando eu tinha nove
anos, que meu pai viajou três vezes até Sobradinho só para que eu pudesse
participar de um festival (ficou em quarto lugar). Meu pai sempre foi meu
grande incentivador”, conta ela, emocionada.
É graças a esse estímulo e por
sua própria vontade que ela começa a se tornar figura constante nos em eventos
onde tem música gaúcha. Entre suas façanhas mais significativas, Roberta
destaca a gravação de duas músicas – Canção
para os Anjos e Tropa Miúda –
para o CD Alma de Tropeiro, de Mano
Lima, artista por quem nutre profunda admiração e com quem tem feito shows por
inúmeros festivais; o primeiro lugar no Festival Estadual de Canto Estudantil,
concorrendo com intérpretes de todo o Rio Grande; a colocação do chamamé Amanhecendo no M’Bororé, de sua própria
autoria, com letra de João Sampaio, no CD da 21ª Ronda de São Borja; e a
participação na 3ª Ronda da Administração, da Unisc, ao lado de César Oliveira
e Rogério Melo, em 2003.
Este ano também começou bem para
a cantora Roberta Ensslin com a conquista do Troféu Revelação, na 22ª
Gauderiada da Canção Gaúcha, em Rosário do Sul, de 9 a 11 de janeiro; e com um
show no 25º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria. Os planos para 2004 são muitos.
Entre eles está a gravação de seu primeiro disco solo, num estilo que ela
define como “campeiro romântico”, e a participação no próximo disco de João
Sampaio com a canção Amanhecendo no M’Bororé.
Autodidata, nunca teve que lhe
ensinasse qualquer tipo de técnica vocal. Mesmo assim já foi comparada, por Luís
Marenco, com grandes cantoras do cenário argentino. Para Marenco, Roberta é uma
mistura de Teresa Parodi com Ramona Galarza, duas grandes divas do folclore
portenho.
Fonte: Gazeta do Sul – Quinta-feira 12/02/2004
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Matéria Original (PDF): https://drive.google.com/file/d/0B0BdVhAAxq7_LTZpamMwd0VyQzA/view?usp=sharing
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