Ao
vento, a ramagem frouxa
do
cinamomo da frente
acena,
alegre, pra gente
como
às ordens da morocha.
que,
de saia alva e anilada
clareia,
longe, na porta,
como
garça ensimesmada
à
orilha duma água morta.
Só,
no mais, do meu tostado
boleio
a rédea e, despácio,
chego
mais teso e entonado
do
que governo em palácio.
Começa
a recriminar:
-
Por que foi tanta a demora? –
e
eu sem escusas pra dar,
giro
a roseta da espora...
..................................................
Desmanchando
o olhar zangado
seu
lábio pra o meu se estende,
e
o beijo dela rescende
manjericão
machucado...
(Zeca Blau, Poncho e Pala, Sulina, 1966)
(Zeca Blau, Poncho e Pala, Sulina, 1966)
Nenhum comentário:
Postar um comentário