Quando
o destino fecha uma porta, temos o costume de ajudar o azar e dar mais uma
volta na chave. Terminamos nos trancando ainda mais. Aproveitamos para nos
isolar ainda mais.
Entramos
no modo conspiratório: o mundo está contra nós.
A
paranoia é o mel para atrair coisas ruins.
Mas
poderia ser diferente.
Quando
o destino fecha uma porta, poderíamos abrir o vestido da esposa.
Quando
o destino fecha uma porta, poderíamos abrir uma garrafa de vinho.
Quando
o destino fecha uma porta, poderíamos abrir um livro.
Quando
o destino fecha uma porta, poderíamos abrir uma lata de leite condensado.
Quando
o destino fecha uma porta, poderíamos abrir uma amizade.
Quando
o destino fecha uma porta, poderíamos abrir nossas gavetas e arrumar a bagunça.
Quando
o destino fecha uma porta, poderíamos abrir a cabeça e parar de culpar o
destino.
Fonte:
Para onde vai o amor? Carpinejar. 4º ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015,
p. 19
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