quinta-feira, 27 de junho de 2019

Não decidir é uma grande decisão (Carpinejar)



Desejamos ter o controle dos fatos, mandar na vida, demonstrar poder e se antecipar ao pior. Mas, em alguns momentos, não decidir é a melhor decisão que a gente pode tomar.

É esperar a poeira baixar. É deixar o sangue esfriar.

Decidir nem sempre nos ajuda. Decidir pode ser burrice, não independência. Decidir pode expressar o nosso egoísmo e vamos nos arrepender logo em seguida. Decidir pode ser o desejo de se livrar daquela chatice, daquela ansiedade, daquela adversidade. Decidir pode ser apenas desistir. 

Não custa nada esperar dois dias, tentar entender por que está sentindo tanta raiva, amadurecer a opinião para não se machucar e não machucar ninguém, cicatrizar o mal-estar com silêncio. Não custa nada levar o assunto para a roda dos amigos, para o terapeuta, ouvir o conselho de quem já passou por situações parecidas.

O mais difícil na vida não é jogar a pedra, mas manter a pedra no chão.

Fonte: Para onde vai o amor? Carpinejar. 4º ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015, p. 58


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