Desejamos
ter o controle dos fatos, mandar na vida, demonstrar poder e se antecipar ao
pior. Mas, em alguns momentos, não decidir é a melhor decisão que a gente pode
tomar.
É
esperar a poeira baixar. É deixar o sangue esfriar.
Decidir
nem sempre nos ajuda. Decidir pode ser burrice, não independência. Decidir pode
expressar o nosso egoísmo e vamos nos arrepender logo em seguida. Decidir pode
ser o desejo de se livrar daquela chatice, daquela ansiedade, daquela
adversidade. Decidir pode ser apenas desistir.
Não custa nada esperar dois
dias, tentar entender por que está sentindo tanta raiva, amadurecer a opinião
para não se machucar e não machucar ninguém, cicatrizar o mal-estar com
silêncio. Não custa nada levar o assunto para a roda dos amigos, para o
terapeuta, ouvir o conselho de quem já passou por situações parecidas.
O
mais difícil na vida não é jogar a pedra, mas manter a pedra no chão.
Fonte:
Para onde vai o amor? Carpinejar. 4º ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015,
p. 58
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