As frutas que eu mandei foram plantadas
Por estas mãos, e, eu mesmo é que as colhi.
Aquelas horas eram descuidadas
E hoje, colhendo, foi pensando em ti!
Quanto tempo terei para esses nadas
- Os melhores instantes que eu vivi!
De brindar com lembranças namoradas
Esse alguém que está longe e eu sinto aqui…
Quanto irás apreciar – quase adivinho!
Tendo um pouco de mim cortando a ausência,
Vendo na arrumação todo o carinho.
Doce prêmio do tempo que labuto,
Venho ter quase ao termo da existência
Dos pomares da vida o melhor fruto!...
Fonte: Blau, Zeca. Horas do meu ocaso. Edição Sulina, 1968, p. 41
Nenhum comentário:
Postar um comentário